sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Os Franciscanos da Imaculada (denominados FIs) não foram e não são tradicionalistas.

Uma nova ofensiva de Herodes contra os Filhos da Imaculada.

“Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem” (Mateus 2:18)

Por Brian McCall – The Remnant | Tradução: T. M. Freixinho – Fratres in Unum.com: A vinda do Salvador traz não somente alegria, mas sofrimento. Após o Dia de Natal segue-se imediatamente a Festa de Santo Estevão, primeiro mártir. Dois dias depois, comemoramos o massacre dos Santos Inocentes no lugar do Divino Infante. Herodes, um usurpador da autoridade legítima na Judeia, está cheio de ódio e raiva quando ouve a respeito da possível chegada da verdadeira autoridade dentro de seu domínio. Ele não pode encontrar O Santo, a fim de colocar suas mãos Nele e, assim, descarrega sua fúria nos Santos Inocentes, aqueles recém-nascidos incapazes de se defender. Todos os tiranos ilegítimos por fim atacam com injustiça, porque, no fundo, eles sabem que sua posição é insustentável.
inocentes
Há cinquenta anos, uma autoridade tirana usurpou a governança do corpo de Cristo. Esta autoridade não é um único homem, papa ou bispo. Chama-se modernismo.[1] Ele se instalou nos mais altos postos da Igreja, cuja função é guardar e transmitir o Depósito da Fé. Ele tem exercido, de maneira injusta e ilícita, a mais alta autoridade na Igreja, agindo através dos ocupantes desses cargos — não nos cabe julgar se eles são ou não colaboradores voluntários do modernismo — não para as finalidades para as quais esses cargos foram criados, mas para injetar vírus mortais de novidade e confusão no Corpo de Cristo. Ainda assim, não obstante toda essa inovação injusta, o Corpo conserva uma pulsação fraca. A Tradição não apenas sobrevive ao ataque viral, mas cresce de maneira constante, ainda que vagarosamente, atraindo novas gerações para a beleza da Fé e da Liturgia verdadeiras.
Os Franciscanos da Imaculada (denominados FIs) não foram e não são tradicionalistas. Eles não foram fundados pelo Arcebispo Lefebvre nem jamais tiveram um relacionamento formal ou informal com a Fraternidade São Pio X. Desde a sua fundação, eles aceitaram e usaram o Novus Ordo Missae. Ainda assim, os FIs adotaram uma adesão fiel à espiritualidade de São Maximiliano Kolbe. A lealdade ao autêntico espírito de São Maximiliano inevitavelmente deve conduzir a um conflito com a tirania modernista reinante na Igreja.
 ... Recentemente, em um momento de verdadeira clareza, Dom Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, um Cardeal pessoalmente próximo ao Papa Francisco e escolhido por ele para liderar o seu Conselho de Oito Cardeais, explicou que essa reconciliação com o modernismo estava no centro dos [acontecimentos] de “1789 na Igreja,” conforme o Vaticano II foi descrito pelo Cardeal Suenens:
O Concílio Vaticano II foi o principal evento na Igreja no século XX. A princípio, ele significou um fim às hostilidades entre a Igreja e o modernismo, que havia sido condenado no Concílio Vaticano I. Ao contrário: nem o mundo é o reino do mal e do pecado – essas são conclusões claramente conquistadas no Vaticano II—nem a Igreja é o único refúgio do bem e da virtude. O Modernismo foi, em grade parte, uma reação contra as injustiças e abusos que menosprezavam a dignidade e os direitos da pessoa.[2]
Uma vez que o Modernismo foi uma reação ao ensinamento e a práxis tradicionais da Igreja, o Cardeal considera claramente essas coisas como “injustiças” e “abusos.” Aqui temos uma avaliação honesta por parte do Cardeal mais influente neste Pontificado, deixando claro que o último século envolveu um combate entre o Modernismo e a Igreja antes do Vaticano II, em seu ponto de vista, o Modernismo triunfando sobre o Concílio. Os FIs não depuseram suas armas e não uniram-se a esse cessar-fogo profano. O resultado tem sido a sua perseguição permanente.
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O combate de São Maximiliano foi claramente uma parte dessa luta. Ele direcionava seus esforços particularmente contra o adjutório do Modernismo na esfera temporal. ler mais...